Património Unesco na Macedónia e Albânia

O último post da série Património Mundial da UNESCO é sobre a Macedónia do Norte e Albânia. Depois de termos descoberto o Património UNESCO na Croácia, na Eslovénia e Bósnia e na Sérvia, Kosovo e Montenegro chegamos aos últimos 2 países da nossa região!

De todos os pontos destacados neste artigo o Lago Ohrid é o ponto mais conhecido, e único na Macedónia do Norte. Está inscrito tanto na lista de Património Natural como na de Cultural pelo seu conjunto de lago + cidade histórica de Ohrid. Mas na verdade este é também um dos locais na lista de Património Mundial da Albânia, uma vez que o lago é partilhado pelos 2 países.

A Albânia apresenta ainda as cidades os vestígios de Butrint e as cidades de Berat e Gjirokaster como Património Cultural e 2 locais inscritos como Património Natural. Descubra tudo a baixo!

 

Macedónia do Norte

 

Herança Natural e Cultural da região de Ohrid

A Igreja de Sveti Jovan Kaneo em Ohrid. Património Mundial conjunto da Macedónia e Albânia

A região do Lago Ohrid é uma propriedade mista do Património Mundial (natural e cultural) que foi inscrita pela primeira vez em 1979. Inicialmente apenas dizia respeito à parte do lago localizada na Macedónia do Norte mas em 2019 foi ampliada para incluir o restante do Lago Ohrid, localizado na Albânia.

Situada nas margens do lago, a cidade de Ohrid é um dos mais antigos assentamentos humanos da Europa. Construído principalmente entre os séculos VII e XIX, possui o mais antigo mosteiro eslavo (São Pantelejmon) e mais de 800 ícones de estilo bizantino que datam do século XI ao final do século XIV. Nas águas rasas perto das margens do lago, três locais testemunham a presença de moradias pré-históricas, e na pequena Península de Lin encontram-se os restos de uma igreja cristã primitiva fundada em meados do século VI. Na cidade de Ohrid deve ser dado ênfase especial à antiga arquitetura urbana, em particular, à influência urbana otomana bem preservada, datada dos séculos XVIII e XIX.

A convergência de valores naturais bem conservados com a qualidade e diversidade de seu património cultural, material e espiritual torna esta região verdadeiramente única!

 

Albânia

 

Butrint

Mosaico do Batistério de Butrint. Foto by Albinfo – Own work, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=51564116

Habitada desde tempos pré-históricos, Butrint foi uma colónia grega, uma cidade romana e um bispado. Após um período de prosperidade sob administração bizantina, e depois uma breve ocupação pelos venezianos, a cidade foi abandonada no final da Idade Média após a formação de pântanos na área. O presente local arqueológico é um repositório de ruínas que representam cada período do desenvolvimento da cidade.

As fortificações testemunham as diferentes etapas da sua construção desde a época da colónia grega até a Idade Média. O monumento grego mais interessante é o teatro, que está bastante bem preservado. A principal ruína da era paleocristã é o batistério, um antigo monumento romano adaptado às necessidades culturais do cristianismo. O seu pavimento apresenta uma bela decoração em mosaico. A basílica paleocristã foi reconstruída no século IX e as ruínas estão suficientemente bem conservadas para permitir a análise da estrutura (três naves com transepto e abside poligonal exterior).

 

Centros históricos de Berat e Gjirokaster

Berat, Patrimóno da Humanidade na Albânia. Foto: Chris Feichtner on Visualhunt.com / CC BY-NC

Berat e Gjirokastra são raros exemplos da arquitetura do período otomano. Localizada no centro da Albânia, Berat é testemunha da coexistência de várias comunidades religiosas e culturais ao longo dos séculos. Possui um castelo, localmente conhecido como Kala, a maior parte do qual foi construído no século XIII, embora as suas origens remontem ao século IV aC. A área da cidadela contém muitas igrejas bizantinas, principalmente do século XIII, bem como várias mesquitas construídas durante a era otomana, que começou em 1417. Gjirokastra, no vale do rio Drinos, no sul da Albânia, apresenta uma série de notáveis casas de dois andares ​​que foram desenvolvidos no século XVII. A cidade também mantém um bazar, uma mesquita do século XVIII e duas igrejas do mesmo período.

O bazar de Gjirokaster – Património da Humanidade na Albânia

Ambas as cidades testemunham um modo de vida que foi influenciado durante um longo período de tempo pelas tradições do Islão ao longo do domínio otomano, ao mesmo tempo que incorporou influências mais antigas. Este modo de vida respeitou as tradições cristãs ortodoxas, que puderam continuar o seu desenvolvimento espiritual e cultural, particularmente em Berat.

 

As Florestas Antigas e Primárias dos Cárpatos e de Outras Regiões da Europa – Património Natural

O Parque Nacional de Valbona, na Albânia. Foto: Wikipedia / Tobias Klenze / CC-BY-SA 4.0.  Own work, CC BY 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=30239040

Esta propriedade transfronteiriça estende-se por 12 países. Desde o fim da última Idade do Gelo, a faia europeia espalhou-se a partir de algumas áreas de refúgio isoladas nos Alpes, Cárpatos, Dinárides, Mediterrâneo e Pirenéus por um curto período de alguns milhares de anos num processo que ainda está em evolução. A expansão bem-sucedida em todo o continente europeu está relacionada com a adaptabilidade e tolerância das árvores a diferentes condições climáticas, geográficas e físicas.

Na Albânia encontram-se nas florestas de Gashit, no Parque Nacional do Vale de Valbona (norte) e no Parque Nacional Shebenik-Jabllanicë, na zona este do país, bem perto do Lago Ohrid.

 

Herança Natural e Cultural da região de Ohrid

Como vimos no caso da Macedónia do Norte o Lago Ohrid é partilhado com a Albânia e desde 2019 a zona classificada como Património da Humanidade foi estendida para incluir a totalidade do lago, logo também o lado albanês.

 

Outras leituras de interesse:

 

In: UNESCO e Wikipedia 
Tradução: e adaptação: Into the Balkans

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