Top 10 dos locais a visitar nos Balcãs Ocidentais

Recentemente publicámos na nossa conta de Instagram – www.instagram.com/intothebalkans – os 10 lugares mais impressionantes dos Balcãs Ocidentais, no fundo o nosso Top 10! São lugares incríveis, de grande beleza, que toda a gente deve visitar. Nenhuma viagem a esta zona da Europa estaria completa sem ter visitado todos estes locais!

Comecemos então por “visitar” estes locais! Esta escolha não é um ranking, apenas decidimos enumerar estes lugares de Norte para Sul para facilitar a navegação.

 

Lugar top nº 1 – Lago Bled, Eslovénia

Lago Bled com os Alpes Julianos ao fundo, na Eslovénia

 

O Lago Bled é provavelmente o ponto mais famoso do país. A apenas 60 km de Ljubljana, é um ótimo passeio de 1 dia (ou mais, claro!) a partir da capital. O cenário é maravilhoso, roçando a perfeição! Um lago no sopé dos Alpes Julianos (a porção dos Alpes que se encontra em território esloveno) que tem vários atrativos.

Comece por explorar as margens do lindíssimo lago onde se pode tomar banho no verão e por vezes patinar no inverno, quando a água congela! Durante todo o ano há uns barquinhos típicos, feitos de madeira para quem quer simplesmente dar um passeio pelo lago ou visitar a ilha! Uma elegante ilha destaca-se no centro do lago, ajudando a compor a paisagem idílica. Aí foi construída a Igreja da Assumpção de Maria à qual se chega através de uma escadaria construída a partir da água. Reza a lenda que os casais recém-casados que visitam a ilha o noivo deve levar a noiva em braços pela escadaria acima… são apenas 99 degraus!

Num dos lados do lago ergue-se uma ravina encabeçada por um castelo, o Castelo de Bled. Uma verdadeira obra de engenharia militar medieval e o local que oferece uma das melhores vistas para todo o cenário: vila de Bled, lago, ilha, as montanhas verdes em redor e ligeiramente mais atrás os Alpes. Imperdível!

O Lago Bled é decididamente um dos locais mais românticos de toda a região! Quem quiser explorar bem o Lago pode ainda procurar um dos vários pontos altos nas montanhas em redor que oferecem diferentes vistas, como o miradouro Ojstrica ou o Mala Osojnica. Por último não se esqueça de provar o típico bolo de Bled em qualquer pastelaria ou restaurante: a Kremsnita!

Para mais informações sobre o Lago Bled leia este post!

 

Lugar top nº 2 – Ljubljana, Eslovénia

Vista aérea de Ljubljana, Eslovénia

 

Ljubljana (lê-se Liubliana) é o segundo local imperdível da nossa seleção e também da Eslovénia. É, a par com o Lago Bled, um dos locais mais românticos de toda a região. A pequena cidade parece saída de um conto de fadas, com o seu centro histórico inteiramente em estilo Art Nouveau, é por vezes apelidada de “pequena Viena”. O centro é recortado pelo rio Ljubljanica de onde vem a verdadeira magia da cidade. As árvores frondosas nas suas margens dão um aspeto acolhedor à cidade e as inúmeras cafetarias e restaurantes convidam a sentar-se à sombra dessas mesmas árvores a conviver com os amigos ao sabor de um copo de vinho, e deixar o tempo fluir enquanto se observa o ritmo próprio da cidade!… Praticamente todo o centro da cidade está interdito a automóveis, o que é extremamente agradável para quem gosta de andar a pé, e todo o centro histórico pode ser percorrido sem necessidade de transportes públicos!

Bem no meio do centro histórico fica o coração da cidade: a Praça Presernov (Presernov Trg). Aqui é o ponto de encontro preferido dos locais devido à sua centralidade. A praça é embelezada por alguns edifícios pintados com cores diversas, mas é a grande igreja cor de rosa que lhe dá o seu toque único. A estátua que aí se ergue é de France Preseren, maior poeta esloveno e que dá nome à praça. Para atravessar o rio passamos por uma das Três Pontes, Tramostovje em esloveno, um dos inúmeros projetos na cidade assinados pelo Mestre Joze Plecnik. Do outro lado encontra-se a Praça da Câmara Municipal (Mestni Trg). O ideal é mesmo perder-se por todas as ruas, ruelas e pontes da cidade. A cada rua que passa o cenário é mais lindo que na anterior!

Cabe ainda destacar o Castelo de Ljubljana onde pode ver as exposições permanentes, ter a melhor vista da cidade (que vai até aos Alpes Julianos em dias limpos) ou simplesmente tomar um café numa agradável esplanada! Uma das formas de chegar aqui é no ascensor panorâmico que sai da Praça Krekov, a praça do mercado a céu aberto, também ele um dos atrativos da cidade!

Não se esqueça de visitar o agradável Parque Tivoli e ainda o bairro de Metelkova, um dos locais noturnos da cidade, erguido em antigas instalações militares do exército da Jugoslávia que foram abandonadas em 1991, quando a Eslovénia se tornou independente!

 

Lugar top nº 3 – Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, Croácia (Património UNESCO)

O Parque de Plitvice, na Croácia

 

Os Lagos de Plitvice são dos locais mais famosos da Croácia. E isso é uma verdadeira proeza, tendo em conta a lindíssima costa do país, polvilhada de cidades históricas, ilhas paradisíacas e inúmeros locais Património Mundial da Humanidade.

Este Parque Nacional tem 16 lagos e múltiplas cascatas/cachoeiras de grande beleza. Os visitantes vão visitando os lagos sucessivamente, passando tanto por trilhos de terra como por passadiços/passarelas de madeira construídas diretamente por cima da água! Há ainda um trajeto feito de barco (elétrico para minimizar o impacto causado no ecossistema local) que recorta o maior lago. Para além da perspectiva diferente de navegar nessas águas límpidas e transparentes ajuda a encurtar distâncias e poupar as pernas para a próxima caminhada!

Há vários trilhos possíveis e de diferentes durações que podem ir até 2 dias! No entanto para o visitante mais comum bastará fazer o trilho mais curto, que visita os Lagos Baixos e a Grande Cascata. Uma parte desse percurso pode ser feito no barco mencionado. A duração é de umas 3 horas, dependendo do número de fotos que vai tirar e da quantidade de pessoas no Parque. Dentro do recinto do Parque há vários hotéis onde poderá prenoitar, mas se pretender uma opção mais barata mas ainda com qualidade poderá hospedar-se nas inúmeras pensões, casas rurais e hospedarias que existem nas imediações do parque. E não se deixe enganar pelos nomes “menos finos”, algumas destas opções têm imensa qualidade e oferecem pequeno-almoço / café da manhã!

E lembre-se, o Parque Nacional dos Lagos de Plitvice merece ser visitado pelo menos 4 vezes, uma em cada estação do ano, pois o cenário muda radicalmente!

 

Lugar top nº 4 – Belgrado, Sérvia

Vista a partir da Fortaleza de Kalemegdan em Belgrado, Sérvia

 

Belgrado, a capital da Sérvia e da antiga Jugoslávia! Uma cidade para a qual todo um post não bastaria. Prova disso são os inúmeros posts que já publicámos!!

Mas vamos começar pelo princípio: a cidade é apontada como a nova Berlim pelo seu carácter tranquilo, desprendido e até pelo seu aspecto decadente chique onde uma nova sub cultura desponta, onde há um enorme ecossistema de start-ups e empreendedorismo, os grafittis se multiplicam e onde o consumo de café mantém as suas gentes acordadas até de madrugada, ou não fosse esta a capital da noite na Europa de Leste ou mesmo no mundo inteiro!

O centro histórico é dominado pela enorme Fortaleza de Kalemegdan numa colina precisamente na desembocadura do caudaloso Rio Sava no ainda maior Rio Danúbio. Este é provavelmente um caso único em capitais europeias! Da fortaleza para o centro da cidade a passagem faz-se quase de forma obrigatória pela longa rua pedestre/pedonal de Knez Mihajlova que termina na principal praça da cidade, Trg Republike (Praça da República).

Nas imediações da praça fica o bairro histórico de Dorcol, cheio de bares e restaurantes e onde se encontra também a única mesquita da cidade. A única das centenas que havia até ao início do século XX. Vá até à Rua Skadarlija ou Skadarska como às vezes aparece mencionada para comer um jantar memorável! Qualquer um dos restaurantes que escolher tem música sérvia ao vivo e pratos típicos. Aqui, entre boa comida, boa bedida, boa música, bons amigos e boas conversas é onde se encontra o verdadeiro espírito de Belgrado!

Pôr do sol em Belgrado, no rio Danúbio, com o bairro de Zemun ao fundo e a Torre de Gardos em destaque

 

Continuando o passeio do final da rua Knez Mihajlova, o Hotel Moskva é digno de registo. Tome um café na elegante cafetari do hotel, por vezes até acompanhado de piano ao vivo! Siga para o Parlamento da Sérvia e a Igreja de São Marcos. Vá pela rua Kralja Milana até à Praça Slavija e daí é um pulinho até ao enorme Templo de São Sava, a maior igreja ortodoxa do mundo, segundo algumas fontes. Não deixe de visitar a magnífica cripta toda pintada a dourado, por baixo da igreja.

Do outro lado do rio Sava fica o bairro de Nova Belgrado, construído quase inteiramente entre os anos 50 e 80 do século passado, em estilo Brutalista, dando corpo à visão socialista do sistema da época. Mais adiante o bairro de Zemun. Até à 1ª Guerra Mundial Zemun era o último vilarejo do Império Austro-Húngaro e essa diferença é bem visível nas fachadas dos prédios e casas deste bairro. Aproveite para dar um passeio e almoçar na margem do rio Danúbio e subir à Torre de Gardos para ter uma excelente panorâmica de toda a cidade!

Outros locais imperdíveis são o Museu de Nikola Tesla – o famoso inventor era sérvio! – e o Museu da Jugoslávia onde também se encontra o Mausoléu do Marechal Tito – o antigo líder da Jugoslávia.

A revista Volta ao Mundo na sua publicação sobre Belgrado descrevia-a assim “Sejamos justos: Belgrado não é uma cidade bela, no sentido convencional do termo. (…) tem, contudo, um encanto próprio, o encanto dos sítios que gostam de viajantes exigentes”

 

Lugar top nº 5 – Sarajevo, Bósnia e Herzegovina

Artesanato à venda no bazar turco de Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina

 

Sarajevo é uma cidade espetacular, um caldeirão de nações e religiões que respira história por todos os lados, chamada de Jerusalém da Europa.

No centro histórico encontramos o maravilhoso antigo bazar otomano (turco) de Baščaršija, do séc. XV. Caminhe livremente pelas agradáveis ruas cheias de pequenas lojas, oficinas de artesãos e cafetarias e pastelarias! O frenesim dos habitantes locais, o bazar, as mesquitas e algumas senhoras com o cabelo tapado com véu transportam-nos momentaneamente para outras paragens “menos europeias” como a Turquia ou o Oriente Médio. O ponto central é a extraordinária fonte de madeira rendilhada, a Sebilj, construída em 1753. A mesquita Gazi Husrev-beg (de 1532) e a antiga estalagem do séc. XVI Morica Han são outros pontos interessantes a visitar.

Entre 1878 e 1914 a Bósnia e Herzegovina passa para o Império Austro-Húngaro e mais uma vez esta mudança é visível na arquitetura da cidade. Quando caminhamos pela Rua Saraci, onde se encontram a mesquita e a estalagem mencionadas anteriormente, estamos no bazar otomano. Mas apenas alguns metros mais adiante a mesma rua muda de nome para Ferhadija e aqui entramos imediatamente num mundo novo, de arqutetura centro-europeia, Art Nouveau… Aqui encontramos gravada no chão a inscrição “Sarajevo meeting of cultures”, No espaço de umas poucas dezenas de metros há igrejas católicas, ortodoxas e sinagogas, para além de inúmeras mesquitas.

Passeie à beira do Rio Miljacka. O assassinato do herdeiro da coroa austríaca em 1914, numa esquina a apenas alguns metros da Ponte Latina, despoletou a Primeira Guerra Mundial. Repare no conjunto formado pela Câmara Municipal/Prefeitura (construída em estilo mourisco no final do séc. XIX), a ponte Seher-Cehajina, a casa Inat Kuca e o casario encosta acima.

Baščaršija, o bazar turco de Sarajevo

 

Experimente subir aos fortes Zuta Tabija ou Bijela Tabija para algumas vistas privilegiadas. Numa das montanhas há uma atração curiosa: a pista de Bobsled abandonada que ficou das instalações construídas para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1984. Vá de carro e aproveite o miradouro nas imediações.

Em 1992 começou a guerra civil na Bósnia e Sarajevo foi um dos locais mais atingidos. A cidade estava cercada por tanques e peças de artilharia colocados nas montanhas que rodeiam a cidade. A única forma que a população local tinha para se comunicar com o exterior era através de um túnel de 800 metros cavado por baixo da pista do aeroporto. O Túnel da Salvação pode ser visitado e é acompanhado de uma explicação museológica. Fica nas imediações do aeroporto. Diz-se, de Sarajevo, que aqui começou e terminou (historicamente) o século XX.

Hoje em dia Sarajevo está totalmente recuperada, reconstruída e segura! Cheia de museus, tradições, influências e uma gastronomia riquíssima onde também as cozinhas centro-europeias e do próximo oriente se encontram.

Prove as iguarias bósnias como o burek, o cevapi, a punjena paprika e a sarma e as sobremesas  baklava, a tufahije ou a Tulumba. E claro, o café bósnio!

Veja o nosso guia completo de Sarajevo.

 

Lugar top nº 6 – Mostar, Bósnia e Herzegovina (Património UNESCO)

Mostar, o ex-libris da Bósnia e Herzegovina

 

Mostar já dispensa apresentações. O seu centro histórico marcadamente turco/otomano onde se destaca a Ponte Velha é o cartão postal do país. Os pontos de interesse estão concentrados num espaço relativamente pequeno que pode percorrer a pé facilmente.

O óbvio a visitar é fácil de encontrar: a Ponte Velha, uma autêntica obra prima da engenharia otomana do séc. XVI! Para além tirar as fotos da praxe poderá ainda assistir aos saltos para o rio se tiver a sorte de apanhar algum bravo bósnio (ou estrangeiro) a arriscar a queda livre de 24 metros, normalmente no verão.

Após as vistas na ponte pode deambular pelas ruelas da zona histórica da cidade que também são uma autêntica maravilha e ajudam a criar todo o cenário envolvente à ponte. Desça até ao nível da água! Daqui terá um campo de visão aberto para o rio e toda a ponte e encontrará o local perfeito para tirar aquela foto para emoldurar!

Por falar em miradouros, é absolutamente imperdível visitar a mesquita Koski Mehmed Pasha e subir ao seu minarete onde terá uma vista aérea privilegiada para a ponte e centro histórico! Há várias casas típicas do período otomano que podem ser visitadas como a Casa Muslibegovic (aberta a visitas entre Abril e Outubro) que é Monumento Nacional e onde inclusivé poderá dormir!

Fale com os locais, explore a cidade e descubra porque é tão interessante… A história da cidade e da região conta-se, também, nos seus edifícios e monumentos que assistiram à chegada e partida do império otomano, à permanência da religião muçulmana e à partilha da cidade e história com os croatas (católicos) que por aqui também habitam.

 

Lugar top nº 7 – Dubrovnik, Croácia (Património UNESCO)

A cidade de Dubrovnik com as suas poderosas muralhas, vista do Mar Adriático

 

Dubrovnik, a Pérola do Adriático, é provavelmente o local mais famoso da Croácia. Como se não bastasse toda a fama que já tinha antes, tornou-se, nos últimos anos, ainda mais famosa por ser o local principal das filmagens da aclamada série Game of Thrones.

Dubrovnik é uma cidade histórica, cidade-estado durante séculos que floresceu com o comércio marítimo, sobretudo entre a República de Veneza e o Império Otomano (turco). As muralhas impressionam à vista: enormes, maciças, grossíssimas, envolvem toda a cidade histórica e é precisamente do alto das muralhas que obtemos as melhores vistas da cidade e do mar envolvente. Quando terminar de visitar as muralhas não se esqueça de conservar o ingresso que também dá acesso ao Forte de Lovrijenac, logo por trás da Porta de Pile.

Cá em baixo o melhor mesmo é, após caminhar no Stradun – a principal rua da cidade – deixar-se levar ao sabor das ruelas e praças que compõem o “miolo” da cidade. Os locais emblemáticos são o Mosteiro Franciscano, onde ainda funciona uma das farmácias mais antiga da Europa fundada em  1317,  e o Palácio Sponza usado historicamente como alfândega da cidade. A Catedral é outra das referências.

Por último suba à montanha acima de Dubrovnik. Pode ir de carro ou de ascensor. As vistas para a cidade, o mar e a ilha de Lokrum merecem a visita!

Ah! E se for verão não deixe de dar um mergulho nas convidativas águas do Mar Adriático. Procure uma das praias nas imediações da cidade ou tem outra opção mesmo na cidade antiga. Há 2 bares erguidos nas rochas logo do lado de fora das muralhas e apenas acessíveis por baixo das mesmas indo do lado de dentro da cidade. Um é o Buza Bar e o outro o Bard Mala Buza.

 

Lugar top nº 8 – Kotor, Montenegro (Património UNESCO)

A Catedral de Kotor

 

A cidade de Kotor, situada num dos recantos da Baía de Kotor, é um dos principais locais a visitar no pequeno país. A cidade encontra-se estrategicamente num local de difícil acesso, quer por terra quer por mar. Nos confins da Baía e rodeada de enormes montanhas é realmente uma cidade de beleza ímpar onde a situação geográfica fala por si só: de qualquer ponto da cidade vemos mar, montanha e céu.

Para quem já visitou Dubrovnik vai encontrar bastantes semelhanças: uma cidade histórica contruída em pedra, protegida por muralhas e o mais perto possível da água. Uma das diferenças é que a população no Montenegro é maioritariamente ortodoxa, o que se reflete nas suas igrejas. A mais importante é a Catedral de Kotor (Katedrala Svetog Tripuna). Mas tal como na vizinha croata a melhor forma de conhecer a cidade é percorrer as suas agradáveis praças sem rumo. Cada rua desemboca noutra e por trás de uma igreja surge uma praça inesperada! A entrada normalmente faz-se pela Porta do Mar onde nos deparamos com a Torre do Relógio na Praça Oruzja.

Uma particularidade é o Museu dos Gatos de Kotor. E realmente a cidade está cheia destes felinos, estendidos ao sol e de caminhar lento!

Para os turistas mais destemidos recomenda-se a subida às muralhas da cidade, construídas sobre a enorme montanha. A subida é difícil, mas a vista compensa!

A ilha de Nª. Sra. das Pedras com a capela e a ilha de São Jorge na fabulosa Baía de Kotor, no Montenegro

Mas há mais. A Baía de Kotor é enorme e lindíssima, e merece ser visitada. Se vier de carro de Dubrovnik para Kotor já terá oportunidade de apreciar todo o cenário e as várias baías que se sucedem umas às outras, sempre dentro da Baía de Kotor. Pelo caminho poderá efectuar uma paragem nas vilas de Herceg Novi ou Perast para um café, uma fotografia e um mergulho! Se quiser encurtar caminho (ou um caminho alternativo no regresso a Dubrovnik) poderá apanhar um ferry boat entre Kamenari e Lepetane. O ferry parte a cada 15 minutos, 24 horas por dia entre Maio e Outubro e demora apenas cerca de 5 minutos!

Kotor é ainda um bom ponto de partida para um passeio de barco na Baía. E há imenso para ver… Praias remotas, ilhas e ilhotas com fortalezas e pequenas capelas, grutas com água azul e límpida, antigas instalações militares secretas!… Quem não gosta de um bom passeio de barco, sobretudo no verão!? Há várias opções, mas o básico é visitar a ilha de Nª. Srª. das Pedras onde terá vista para a ilha de São Jorge e para a vila de Perast, onde se destaca o campanário da Igreja e as enormes montanhas por trás. O cenário chega a ser chocante! Se tiver tempo faça o tour maior onde também passa pela ilha de Mamula, a pequena ilha no mar adriático que alberga uma fortaleza de importância histórica e cultural, e que guarda a entrada na imperdível Baía de Kotor!

 

Lugar top nº 9 – Skopje, Macedónia do Norte

O centro da cidade de Skopje com a sua (recente) arquitetura neoclássica

 

Quando chegamos a Skopje uma das primeiras impressões que temos da cidade é que por ali há uma verdadeira fusão de estilos. Talvez até uma certa crise identitária transformada em “paranóia” urbanística, onde a arquitetura joga um papel muito mais importante do que um olhar desatento poderia indiciar.

Comecemos pelo óbvio, o centro da cidade. A Praça Macedónia é o ponto nevrálgico de toda a cidade e onde se encontra a grande estátua do Guerreiro a Cavalo. A partir daqui parece que voltamos à Grécia antiga, pois na década de 2010/2020 o governo local decidiu renovar todo o centro da cidade, dotando-o de magníficos edifícios, pontes e estátuas de estilo neoclássico. Pois é, se voltasse atrás 10 anos não encontraria nenhum destes elementos! Caminhe pelas margens do Rio Vardar, onde vai encontrar mais alguns destes prédios/monumentos. Curioso é encontrar, no meio desta “antiga cidade clássica” algumas embarcações tipo caravela estacionadas no rio. Verá ainda um Arco do Triunfo como corolário deste revivalismo neoclássico, mas que por vezes nos recorda mais Paris que a Grécia.

Da Praça da Macedónia atravessamos o rio pela Ponte de Pedra (Kamen Most), toda ela um monumento construído durante a presença otomana no séc. XV. A partir daqui entramos noutro mundo. Vamos da Grécia clássica à Turquia otomana numa questão de metros/segundos! Entramos no espetacular Grande Bazar (Čaršija, em macedónio), um dos maiores na Europa e que conseguiu preservar o espírito do passado com as típicas lojinhas, oficinas, cafés e restaurantes ainda em pleno funcionamento. É um autêntico salto no tempo, ao que seria uma espécie de Shopping do século XV/XVI. Repare nas grandes montras e no percurso labiríntico, feito de propósito para que quem ali se dirigia se perdesse ou passasse mais tempo procurando o que necessitava. No final da Čaršija encontrará o Bit Pazar, um acolhedor mercado de rua onde poderá comprar especiarias, frutos secos, frutas e vegetais.

A Igreja de São Clemente de Ohrid, em Skopje, Macedónia do Norte

Outro ponto importante é a fortaleza de Kale que oferece impressionantes vistas sobre a cidade. Construída, habitada e reconstruída desde tempos imemoriais, mas com aspecto medieval. Nas imediações encontramos uma das mais destacadas mesquitas da cidade, a de Mustapha Pasha, construída no século XV. Em Skopje (assim como no resto do país) a maioria da população é ortodoxa mas há também uma importante minoria albanesa, muçulmana. Por essa razão encontrará igrejas ortodoxas, mesquitas e até algumas igrejas católicas. Uma curiosidade interessante é que a Madre Teresa de Calcutá nasceu e cresceu em Skopje. Visite a casa-museu, aberta ao público com uma coleção de objectos pessoais.

Visite também a Igreja Ortodoxa São Clemente de Ohrid, com a sua arquitetura inusitada! Repare ainda nos autocarros vermelhos de 2 andares que num instante o transportam para Londres e os edifícios brutalistas construídos durante a 2ª metade do século passado, bem ao estilo da Jugoslávia socialista da época!…

São muitos estilos e épocas presentes numa só cidade! Por vezes parece que toda essa diversidade mais se assemelha a um parque de diversões que a uma capital europeia. Mas olhe mais atentamente e verá uma cidade imperdível, onde cada fachada conta um pedaço da sua história milenar. Onde gregos, romanos, bizantinos, búlgaros, turcos, jugoslavos trouxeram religiões, formas e costumes que se fundem nesta cidade incrível. Uma das mais subvalorizadas da Europa!

O guia completo da cidade de Skopje está aqui!

 

Lugar top nº 10 – Ohrid, Macedónia do Norte (Património UNESCO)

A imperdível capela de Sveti Jovan Kaneo em Ohrid, Macedónia do Norte

 

Embora a Macedónia do Norte (descubra aqui porque o país se chama assim) seja um país sem costa marítima, o imenso Lago Ohrid, de azul intenso, oferece a sensação de estar rodeado de mar.  Na verdade há 2 atrativos neste destino: o lago e a cidade de Ohrid, indissociáveis um do outro!

Comecemos pelo topo. Entre na cidade antiga passando pela Gorna Porta (a porta no topo do morro) que dá acesso ao interior das muralhas onde se localiza a cidade antiga. À sua esquerda fica a Igreja Santa Maria Peribleptos, construída antes de 1295. Daqui tem uma agradável vista sobre a cidade. Daí passe pelo antigo Teatro Grego, construído em 200 ac, e suba até à poderosa Fortaleza de Samuel, do período medieval. Aprecie a beleza deste lugar a partir das suas muralhas enquanto reflete na história que já passou por Ohrid. Gregos, romanos, bizantinos, búlgaros, sérvios, otomanos, jugoslavos, macedónios… Sem contar as inúmeras vezes que a cidade mudou de mãos para os anteriores ocupantes…

Do castelo descemos para a capela de São João Kaneo (Sveti Jovan Kaneo) e aqui encontramos a imagem mais famosa da Macedónia do Norte. A pequena capela com a imensidão do lago por trás é uma imagem absolutamente memorável, única, inspiradora de um sincero suspiro perante tamanha beleza. Aproveite o declive no terreno para se sentar e apreciar a vista de cima para baixo. É impossível não ficar vários minutos em silêncio apenas a contemplar! Atenção, o caminho a partir do castelo nem sempre é fácil de encontrar e poderia facilmente nem perceber que esta capela existe. Vindo do castelo tem de passar pelas instalações da Universidade de São Clemente (Sveti Kliment) e também pela igreja de São Clemente e Panteleimon. Mas não confunda com esta. A Igreja de Sveti Jovan Kaneo é bem pequenina e fica num morro mesmo junto ao lago (a da foto anterior). Se não conseguir encontrar, pergunte, apenas não perca essa vista!

O Lago e cidade de Ohrid na Macedónia do Norte. Foto: Amer Demish Photography

Voltando atrás, vale a pena explorar bem a Igreja de São Clemente e Panteleimon e a zona envolvente com a recente Universidade e outras ruínas visíveis. Esta zona foi de extrema importância na idade média, quando Ohrid era um centro literário, cultural e de ensino para as populações eslavas de toda a região. No fundo uma universidade, para os padrões da altura.

A partir de Sveti Jovan Kaneo desça até ao nível da água onde tem uma agradável passarela que o leva até ao verdadeiro centro da cidade, passando por belos exemplares da arquitetura local, tão típica de Ohrid e inspirada na arquitetura otomana. Os otomanos perceberam que este era um local especial e por aqui ficaram de 1395 a 1912!

Dê um passeio pela zona baixa da cidade e um passeio de barco no lago onde poderá apreciar a beleza da cidade construída em toda a encosta. Não termine a viagem a Ohrid sem visitar o Mosteiro de Sveti Naum, a cerca de 40 minutos de carro de Ohrid, construído sobre uma falésia, diretamente sobre o Lago. Também poderá ir de barco! Aqui estará nos confins da Macedónia do Norte, a cerca de 1 km encontra-se a Albânia. Boa viagem!

O guia completo ao Lago de Ohrid está aqui!

 

Este é o nosso Top 10, os locais absolutamente imperdíveis 😊 Mas há tantos outros de semelhante beleza! Fale com a gente para organizarmos a sua viagem à medida! O nosso email é intothebalkans@gmail.com

 

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Texto: Into the Balkans
Fonte de capa: Ponte Aérea Turismo 

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